travessura de cordel

Este é o resultado de um projeto desenvolvido por Patrícia Mc Quade no ano de 2004, no Colégio Glória Andrade, com crianças entre 09 e 10 anos que criaram e escreveram folhetos de cordel, concebendo desde a estória até a capa de cada livreto. O trabalho foi feito a mão com o esforço de todos os envolvidos no projeto.

20.3.05

Confusão na selva


Em um mundo pequenininho
Muito engraçadinho tinha
Um menininho que pulava
E berrava de mansinho
Ele morava em um mundinho
Diferente e cheio de gente.

Aquele mundo parecia
Pequenininho, mas era
Grandão de montão
Igual a uma floresta
Cheio de alegria e festa
Com coloridas pétalas.

Um dia esse menino
Estava passeando
E encontrou um passarinho
Que falava e cantava
E não se cansava
E seguia cantando.

Neste dia os caçadores
Que matavam animais à toa
Para satisfazer seu prazer,
Prenderam o menino da selva
E os animais nervosos
Ficaram muito raivosos.

A coruja teve uma idéia
Mas a confusão da bicharada
Não dava para entender nada.
Ela disse: calem a boca!!!
Eu quero com vocês falar
Para o menino poder salvar.

A minha idéia é essa
Quando o barco chegar
Os caçadores descem
Para de novo caçar
E o barco abandonado
Fica na beira do rio parado

A gente aproveita a chance
Pula para dentro do barco
No leme pilota o macaco
Enquanto nos escondemos
Dentro das caixas vazias
Até a cidade vizinha.

Agora eles vão ver
O que vai lhes acontecer
Salvar o menino da selva
Para livrá-lo daquela cela
Sigam-me os bons
Anda! Ele é nosso irmão...

Depois que eles salvaram
O menino amigo da selva
Os caçadores os perseguiram
Até as profundezas da selva
O menino armou uma cilada
E a armadilha foi armada.

O menino comandou o ataque
Contra os caçadores de araque
Mandou o gorila pegar cocos
Que serviram de artilharia
E pediu à cobra e à aranha
Para picar suas banhas.

O leão com o seu rugido
Era grande e muito temido
O urso roubou o mel
Da colméia das abelhas
Que furiosas feito fel
Picaram suas bundas feias.

O menino comandante
Mandou os tatus perfurarem
Um grande buraco no chão
Cobriram com folhas e galhos
Para os caçadores enganados
Caírem no fundo dessa prisão.

O elefante serviu de estilingue
Que atirou todos os espinhos
Do pobre porco espinho
Que se escondeu pelado
No meio do grande mato
Fugiram os caçadores desesperados.

Depois da imensa confusão
Começou a comemoração
A bicharada cantava e berrava
A vitória que conquistava.
Essa é a minha história

Que conto para você agora.

cordelista Igor Magalhães Mc Quade

1 Comments:

  • At 5:48 PM, Anonymous Anônimo said…

    que estória mais legal.
    vou copiar colar decorar e tal
    e mostrar pro Nicholas e a Hannah
    contar que foi vc muito bacana
    que escreveu essa estória pra coloca-los na cama...
    beijim
    maga

     

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